sexta-feira, maio 01, 2009

Para Adubar a Mente: Mentalidade Fértil


Seleção de comerciais japoneses: criatividade.

- Tarako
- Chapeuzinho Vermelho
- Dancinha Pretz
- Thai Tea (comercial das lagartinhas - as melhores folhas estão no topo)
-
O poder da borboleta
- Arnold Schwarzenegger no Japão 1, 2 (Isso sim é loucura )


A Cuca, o feio e o mau

Quando eu era pequeno meu pai me levou para passear no “Trenzinho da Alegria”. Era uma espécie de ônibus aberto, desses turísticos, quase um bondinho motorizado, repleto de personagens fantásticos como o Mickey, a Minie, o Pato Donald, a Cuca e o Pateta. Peraê, como assim a Cuca??? Puta que pariu, foi o dia que eu mais tive medo na vida! Os piores 30 minutos da minha existência. Por que alguém acha que uma criança quer ver a Cuca? Eu chorava sem parar. Nunca me esqueci.
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A Cuca é disparado o bicho inventando que mais assusta as crianças. Mas afinal, de onde ela vem?*

A Cuca tem origem no imaginário de Portugal, derivada da Coca, onde era representada por uma abóbora oca, iluminada, com furos imitando os olhos e boca, usada para assustar crianças – sim, e vocês pensavam que a tradicional abóbora teve origem no Halloween! Na verdade, a abóbora no Halloween também foi influência do costume português, que se espalhou por outros países europeus.

De onde nossa Cuca virou jacaré, só perguntando para o Monteiro Lobato. Não sei se foi fruto de um trabalho de pesquisa, ou se a forma crocodiliana resultou da criatividade do ilustrador. O fato é que a diaba mete medo mesmo.

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P.s.: Pessoalmente, acredito que o personagem mais assustador aqui do Brasil é a tal da mula-sem-cabeça. A história dela é realmente assustadora, com todos os elementos de uma grande história de horror. Cheia de tragédia, luxúria, religião, amor proibido, culpa. Acho que merece um resgate.
O conto do menino do pastoreio é o mais dramático. E, para não me acusarem de bairrista, lá de fora, o conto da vendedora de fósforos também é muito triste.

Depois eu faço um “top list”.


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Sempre mais do mesmo:

domingo, abril 26, 2009


NASA explode cometa e ferra meu mapa astral

“Quando o segundo sol chegar para realinhar as órbitas dos planetas”Segundo Sol, Nando Reis

O ano é 1999. A terra vai ser destruída por um cometa. Bruce Willis, Liv Tyler e o canastrão Ben Affleck têm a missão de destruir o asteróide e salvar o mundo. Com trilha sonora de Aerosmith, o filme, que parece um grande comercial de desodorante, foi um sucesso de bilheteria e emocionou a platéia teen.

O ano é 2006. Na vida real, a NASA resolve explodir um cometa. A cena é de filme. O que realmente aconteceu? Foi o teste de uma nova arma nuclear? Iria esse bólido intergaláctico se chocar com a terra? Teria a NASA impedido o holocausto? Quais as conseqüências desse evento para o meu mapa astral?

O que nós queremos saber é: o que realmente aconteceu. Há quem diga que foi a nossa primeira guerra interplanetária. As suspeitas são de uma invasão alienígena que foi rechaçada pela NASA. Sim, podemos ganhar!

Essa, talvez, tenha sido uma das notícias mais fantásticas que podíamos esperar. E o que restou? Algumas manchetes e uma astróloga russa pedindo indenização pelos prejuízos sofridos.


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Em tempo: ah, assim não tem quem agüente. Depois da NASA explodir um cometa, os cientistas decidem que Plutão não é mais planeta e ferram de vez meu mapa astral. Tá, vocês conseguiram. Parabéns. Mas qualquer criança sabe que Plutão é um planeta.
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Sempre mais do mesmo:

Califórnia enfrenta invasão de Lulas Gigantes

"Califórnia enfrenta invasão de lulas gigantes". Essa notícia estampada na BBC Brasil, em 2005, me deixou atônito. Meu mundo mudou. Incrível! Finalmente a invasão anunciada por A Guerra dos Mundos.

Essa manchete era algo incrível. Tudo bem, não eram marcianos, mas já era um começo – afinal, todos conhecem a ligação entre moluscos e alienígenas. Isso era algo grande. O mundo não seria mais o mesmo. Eu não poderia enxergá-lo mais da mesma maneira.

Como iríamos reagir? Como a Califórnia estava resistindo? Como seria o mundo dali em diante?

A matéria, não tão impactante quanto a manchete, dizia: "Centenas de lulas gigantes apareceram nas praias de Orange County, na Califórnia, para espanto de cientistas."

Bem, parece que a Califórnia restou incólume ao insólito evento. O sistema capitalista não ruiu, e as pessoas continuaram usando cartão de crédito. Restaram uns poucos cientistas perplexos, e algumas crianças curiosas.

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Sempre mais do mesmo:

- California enfrenta invasão de lulas gigantes (link para a notícia da BBC)
- Trailer do filme Lobsterman from Mars (ou O Homem-Lagosta-Gigante de Marte)
- Tarako (comercial japonês sobre alguma comida feita com ovas de alguma coisa - ou mensagem subliminar de uma invasão alienígena)
O Chapolin e a Mágica
“Sabia que já inventaram um aparelho que permite atravessar as paredes?” – Disse o Chapolin.

“Nossa, puxa! Que incrível! Qual?” – Empolgado, o cientista.

“A porta.” – Chapolin


E com isso, Chapolin imortalizou uma nova forma de ver o mundo: o fantástico nas coisas mais comuns. A capacidade de ver mágica nos acontecimentos mais simples. Sim! Podemos atravessar as paredes, usando as portas! Ler pensamentos, através das palavras! Viajar no tempo: ao passado com as lembranças, e ao futuro usando a imaginação.

Com o tempo, perdemos a capacidade de nos admirar com o mundo. Mas coisas incríveis acontecem o tempo todo. Nas coisas mais simples. Amélie Poulain tinha esse dom.

Qual a proposta? Ver o fantástico nas notícias mais ordinárias. Ataque de lulas-gigantes, discos voadores, malucos vestidos de batman, aparições assombrosas e visagens enigmáticas. Tudo isso acontece!