quinta-feira, maio 27, 2010

DO TRÂNSITO [e outras coisas mais...]

Eu. Sujeito de pouca fé. Pelo menos, me sinto assim quando estou no trânsito. As vezes sou descrente em certos milagres.

O cidadão vem voando, no chão - e nunca se viu uma metáfora caber tanto. 100, 120, 150 km por hora. As leis do trânsito não significam nada para ele - afinal, há limites de velocidade. As leis da física não significam nada para ele - afinal, há limites para a velocidade da luz. Sim, ele está voando. E ele simplesmente buzina. Buzina. Como se os carros fossem desaparecer magicamente, e ele pudesse continuar a 180 por hora. Como se fosse a buzina do Chapolim* [a corneta paralisadora]. Ele buzina, e tudo para. Ah, eu preciso ter mais fé.


***

Para aprender a dirigir, é preciso desaprender. Desaprender o significado das coisas. Ou melhor, reaprender. É como aprender a caminhar novamente, só que da maneira inversa. Entendeu? Não? Nem eu, ainda - pelo menos não completamente. Mas eu tento explicar.

Na prática, você precisa reaprender que:

  • Sinal amarelo = "vai que dá. Acelera!"
  • Sinal vermelho = sinal verde
  • Faixa de pedestres = + 1.000 de bônus se acertar o pedestre
  • Pisca-pisca = ao invés de indicar para onde se vai dobrar, significa "ei, você viu que eu dobrei a curva?"
  • 80 km/h = velocidade máxima permitida 180 km/h
  • Proibido ultrapassar = "ultrapasse!"
  • PARE = "tá esperando o que?"

___________________
- Chapolim e a corneta paralisadora
- Pica-pau biruta: o rachador
- Pateta: o rei do volante [eu conheço gente que fica assim...]